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    Entre dons: itinerário de pesquisa sobre solidariedades familiares no desemprego

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    Apresenta-se aqui uma reflexão sobre solidariedades familiares no desemprego em Portugal. Partindo do princípio de que, na sociedade portuguesa, há espaço para troca e dádiva, estudámos as suas manifestações no desemprego a partir de questões colocadas em inquérito mais vasto sobre vivências no desemprego de 300 desempregados na área da Grande Lisboa e 60 entrevistas. O inquérito decorreu entre dezembro de 2005 e janeiro de 2006. O desemprego gera privação de recursos materiais e disponibilidade de tempo. Este duplo aspeto proporciona reforço de apoio e trocas familiares. As solidariedades familiares desempenham papel fundamental como alternativa ou complemento à proteção social do Estado. No contexto do desemprego é clara a centralização na esfera privada potenciadora de ganhos na família nuclear, com destaque para as solidariedades femininas.This article presents the preliminary outcome of family solidarities in unemployment in Portugal. Assuming that in the Portuguese society there is place for sharing and giving, we explored their manifestations on unemployment using some questions of a survey about the experience of unemployment of 300 unemployed in the Greater Lisbon area and 60 interviews. The inquiry was carried out between December 2005 and January 2006. Unemployment causes deprivation of material resources and time availability. This double unemployment contingency brings the reinforcement of family support and sharing. The family solidarity plays a key role as an alternative or complement to the social protection of the State. In the context of unemployment it is clear the centering on privacy-enhancing gains in the nuclear family, with emphasis on female solidarity

    Desemprego, saúde e sono : o desemprego afeta o sono? reflexão exploratória

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    info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Desemprego, procura de emprego e expectativas : um estudo junto de desempregados no sul de Portugal

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    Lusíada. Economia & empresa. - ISSN 1645-6750. - S. 2, n. 22 (2017). - p. 125-143Este artigo prossegue a apresentação de resultados de pesquisa sobre o desemprego no Sul de Portugal. Muito especialmente analisa-se como foi obtido o último emprego e as estratégias de procura de emprego, bem como as expectativas de emprego: na actualidade, dentro de 2 ou 3 anos e perspectivas de futuro para o próprio e para os seus filhos. Esta reflexão é feita a partir da análise de dados recolhidos em inquérito por questionário em dois momentos de inquirição (2005/06 e 2014) a duas amostras de 300 pessoas cada (150 homens e 150 mulheres) em situação de “desemprego” nos concelhos de Alcácer do Sal, Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras e Sintra. As conclusões apontam para: a importância dos laços familiares, com amigos e colegas na procura de emprego; o agravamento em 2014 das expectativas negativas de emprego, bem como das perspectivas de futuro. Uma minoria de entrevistados gostaria de criar o próprio emprego mas confronta-se com a falta de recursos financeiros e de apoios que estimulem o empreendimento. Receiam também a instabilidade da vida económica, as alterações frequentes na legislação fiscal e a falta de apoio e proteção social estatal aos pequenos empresários se o negócio falhar. Relativamente aos descendentes domina a atitude de confiança em relação ao futuro mesmo se decresce em 2014.This article continues the presentation of research results on unemployment in Southern Portugal. The job search strategies and the job expectations are analyzed, as well as the expectations of the job: nowadays, within 2 or 3 years, and future prospects for them and for their children. This reflection is based on the analysis of data collected in a questionnaire survey at two moments of interview (2005/06 and 2014), with two samples of 300 people each (150 men and 150 women) in a situation of “unemployment” in the counties of Alcácer do Sal, Amadora, Cascais, Lisbon, Oeiras and Sintra. Deep interviews were also conducted. The conclusions point to: the importance of family ties, and ties with friends and colleagues in job search; the worsening of negative employment expectations in 2014 as well as the prospects for the future. A minority of respondents would like to create their own jobs but are faced with a lack of financial resources and support to stimulate entrepreneurship. They also fear the instability of economic life, frequent changes in tax legislation, and the lack of state social protection and support for small business owners if business fails. With regard to their own children the attitude of confidence is dominant even if it decreases in 2014

    Família, trabalho, remuneração e trabalho a tempo inteiro : valores sociais e valores do trabalho no desemprego : um estudo junto de desempregados no sul de Portugal

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    Lusíada. Economia & empresa. - ISSN 1645-6750. - S. 2, n. 21 (2016). - p. 71-88Este artigo apresenta resultados de pesquisa sobre os valores sociais e valores do trabalho no desemprego em Portugal. Muito especialmente, questiona-se a centralidade do trabalho na vida de quem perdeu o emprego, bem como, os sentidos de envolvimento no trabalho. Esta reflexão é feita a partir da análise de dados recolhidos em inquérito por questionário em dois momentos de inquirição (2005/06 e 2014) a duas amostras de 300 pessoas cada (150 homens e 150 mulheres) nos concelhos de Alcácer do Sal, Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras e Sintra. Face à semelhança de resultados serão apresentados apenas os dados relativos a 2005/06. A parecença dos dados obtidos nos dois momentos de inquirição levam a concluir estarmos perante uma tendência de regularidade nas respostas obtidas no período de quase uma década. Os dados do inquérito foram complementados com análise qualitativa por via de entrevistas a fim de aprofundar resultados. As conclusões apontam para: a vitalidade dos valores sociais “família” e “trabalho”, a importância do salário como valor central relativo ao trabalho, a valorização do trabalho a tempo inteiro, o trabalho como criador de uma comunidade de relações sociais e afectivas, junto da população desempregada inquirida em 6 concelhos. Encontram-se ainda algumas diferenças em função do sexo, idade e escolaridade

    Trabalho e vidas. Práticas sociais e vivência subjectivas no desemprego

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    Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em SociologiaA presente investigação, cujos resultados se apresentam com o título “Trabalho e Vidas – Práticas sociais e vivências subjectivas no desemprego” propõe-se conhecer e compreender práticas sociais, sentidos do trabalho e vivências do desemprego na área da Grande Lisboa. O estudo decorreu entre 2005 e 2010. Para analisar as experiências vividas no desemprego utilizou-se uma metodologia mista: inquérito por questionário, entrevistas aprofundadas, “grupos de encontro” (focus groups) e histórias de vida. Os desempregados abrangidos na pesquisa pertencem às áreas dos Centros de Emprego de Cascais, Lisboa e Sintra. Foram inquiridos 300 desempregados, entrevistados 60 desempregados, participaram em “grupos de encontro” (focus groups) 77 e realizaramse 10 histórias de vida. As linhas de orientação na análise da experiência pessoal são as seguintes: valores sociais; atitudes em relação ao trabalho; relação com o dispositivo público de emprego e expectativas; impacto do desemprego (finanças, integração social e estigma, solidariedades familiares, relações de sociabilidade, organização e ocupação do tempo, bem-estar psicológico, saúde); estratégias de procura de emprego; expectativas de trabalho e de futuro. Identificaram-se cinco tipos ideais de desemprego na vivência do papel social de desempregado, que variam em função de dados objectivos, atitude dependente do Estado, motivação para o trabalho e estratégia dominante na relação com o Centro de Emprego. Foi possível distinguir fases (não necessariamente iguais para todos) no processo psicológico de reacção ao desemprego, desde choque a fatalismo, última fase de adaptação ao estatuto de desempregado, quando o desemprego persiste. Aí se incluem ainda o optimismo e pessimismo Vários factores de combinação múltipla condicionam a reacção ao desemprego: condições financeiras, actividades de substituição, integração e apoio familiar, redes sociais independentes do trabalho e importância dada ao trabalho. Foram ainda identificadas estratégias pessoais de ocupação do tempo, conquista de emprego e satisfação pessoal bem como trocas e solidariedades familiares no desemprego
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